Arena Corinthians
São Paulo, SP, Brasil
2013
Prêmio PINI na categoria Estádios da Copa, Prêmio Master no VIII Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa
180.000m²
Arquitetura: Coutinho Diegues Cordeiro Arquitetos, Celio Diniz, Eduardo Canellas, Eduardo Dezouzart e Tiago Gualda
Com capacidade para 45.000 espectadores, o estádio do Corinthians em Itaquera foi projetado para atender as demandas do clube e realizar um sonho antigo de seus torcedores. Palco do jogo de abertura Copa de 2014, o estádio foi construído seguindo as exigências especificas da FIFA para o evento, utilizando instalações temporárias que foram removidas após a Copa. Dentre as principais, destaca-se a capacidade ampliada para 65.000 espectadores (público, autoridades, vips, imprensa e hospitalidade). O estádio é um importante agente de transformação urbana de Itaquera, distrito da zona leste, área carente de investimentos públicos.O local escolhido para a construção tem boas ofertas de transporte público – metrô, trem e ônibus - e pode ser acessado com facilidade pela radial leste, via arterial de São Paulo. A proximidade do aeroporto de Guarulhos é também um importante benefício para o estádio. O projeto foi concebido com a preocupação de otimizar a operação da arena e reduzir os custos de obra sem, no entanto, descartar o conforto dos espaços e qualidade dos materiais de acabamento. As principais instalações estão dispostas no bloco oeste aproveitando o desnível natural do terreno. Serviços, depósitos, áreas técnicas, centro de mídia, instalações para jogadores, estacionamentos que podem ser revertidos em centro de convenções, camarotes e áreas vip, todos, são previstos sob a mesma prumada evitando grandes deslocamentos e ligações extensas de instalações prediais. A geometria em dois blocos principais conectados por uma cobertura levemente apoiada confere um caráter diferente e especial à sua arquitetura. Logo na chegada ao pódio, pode-se perceber a atmosfera do jogo graças a uma promenade entre as arquibancadas principais sob um vão de 155 metros sem apoios intermediários. Esta configuração contribui para a aeração do gramado e ventilação natural nas áreas de público abertas. Nos demais espaços fechados, sistemas de ar-condicionado serão utilizados. Por causa de uma tipologia compacta, 56% dos assentos estão dentro do raio de 90 metros de distância desde o centro do campo, medida considerada ótima pela Fifa. Os outros 44% estão dentro do limite considerado ideal. Os assentos mais próximos do campo distam até 9 metros. O estádio do Corinthians trará uma nova maneira de assistir aos jogos de futebol no Brasil. Diferentemente do costume atual, onde as pessoas chegam nos estádios poucas horas antes dos jogos e saem logo após o fim da partida, a ideia aqui é permitir que os torcedores possam desfrutar do estádio ao longo do dia inteiro. Será um dia de Corinthians. E para isso, espaços atrativos como restaurantes, museu, lojas e áreas vips serão construídos provendo o máximo de conforto e entretenimento. O gramado recebeu especial atenção. Apesar de custar em média 5% do valor total do estádio, ele é o local mais importante da obra, o mais percebido nas transmissões de tv. Sua condição será determinante para qualidade do espetáculo. A intenção do clube é usar apenas grama de inverno para evitar ressemeaduras entre as estações e possíveis falhas no campo. Para que a grama de inverno não sofra com as altas temperaturas do verão, foi projetado um sistema de serpentinas sob o gramado para o resfriamento das raízes. O sistema de drenagem a vácuo contribui evitando encharcamentos além de ventilar o gramado em dias sem chuva. Todos os esforços estão sendo feitos para que o Estádio do Corinthians seja um dos melhores do mundo para os espectadores, jogadores, funcionários, imprensa e para a transmissão de tv. Sem dúvida, a casa corinthiana será motivo de orgulho para seus torcedores.
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