Estação Hidroviária Praça XV

Rio de janeiro, rj, brasil

2004

Menção Honrosa na 6ª Premiação Anual "Jovens Arquitetos", IAB/SP

1.670m²

Arquitetura: Celio Diniz, Eduardo Canellas, Eduardo Dezouzart e Tiago Gualda

A Praça XV abriga hoje duas estações hidroviárias que fazem conexões com as ilhas do Governador e Paquetá, na Baía de Guanabara, e com o Centro de Niterói, na margem oposta da baía. Esta malha está sendo ampliada com a implantação de mais um trajeto entre o Centro do Rio de Janeiro e a Praia de Charitas, em Niterói. A nova linha vai atender aos moradores da região oceânica de Niterói, área de expansão da cidade, desafogando o trânsito do Centro. História Após a transferência da Família Real de Lisboa para o Rio de Janeiro, em 1808, e a construção do Paço Imperial, o largo que abrigava o porto e o mercado passa a condição de centro administrativo do império. Em torno desta área, hoje conhecida como Praça XV, desenvolveu-se a cidade do Rio de Janeiro. Contexto Urbano As sucessivas transformações urbanas na área da esplanada do Castelo e suas vizinhanças, onde se insere a Praça XV, geraram um tecido urbano recortado evidenciado pela construção na década de 1960 do Elevado da Perimetral, uma via expressa de conexão Centro-Zona Sul que isolou a orla do centro antigo da cidade. A frente marítima é tema de discussões no âmbito urbanístico e objeto de diversas propostas de revitalização e recuperação. Conceito A estação foi concebida para ocupar um vazio existente entre as construções do início do século XX e a frente marítima, funcionando como uma ligação entre a cidade, representada principalmente pela Praça XV, e o mar. Nesse sentido, procuramos usar diagonais, formas com paralelogramos e coberturas delicadamente apoiadas sobre paredes de concreto insinuando um movimento em “zigue-zague” até o mar, encerrado por uma cobertura que se projeta em direção ao horizonte em um gesto contemplativo.

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