Nova Sede IAB/DF + CAU/BR
brasília, df, brasil
2016
7.500m²
Arquitetura: Celio Diniz, Raíssa Rocha, Luís Felipe Vasconcellos, Paula Quintas e Daniel Sousa
DAS PREMISSAS A proposta de criar um edifício único para CAU e IAB revela o interesse em aproximar as duas instituições fortalecendo a atuação da comunidade da arquitetura nacional. O Conselho tem por objetivo primordial a regulamentação e fiscalização da profissão e auxílio aos profissionais. O Instituto deve ser o intermediário entre arquitetos e a sociedade. Desta maneira, as formas de atuação de cada instituição foram determinantes na concepção do projeto e na articulação do programa. O compartilhamento dos espaços tornará mais dinâmica a interação entre os órgãos transformando a nova sede em um pólo de referência da arquitetura na capital, um espaço destinado ao encontro e ao debate de questões relacionadas à arquitetura e à cidade.
DO CONCEITO A opção por um edifício único expressa a união entre as instituições sem, no entanto, deixar de respeitar as peculiaridades de cada uma. É um emblema que procura sintetizar os conceitos da arquitetura contemporânea relacionados principalmente ao conforto ambiental e à técnica construtiva. O projeto foi concebido a partir do conceito de dualismo. Dual significa interação entre dois eventos. É o encontro de dois episódios distintos em uma única ação.
DA TIPOLOGIA A edificação é um volume simples que flutua sobre o terreno ao redor de um pátio central. Os espaços laborativos se abrem para o jardim comum através de circulações e varandas.
DA SETORIZAÇÃO Mesmo projetados em uma edificação comum, os programas específicos do IAB e CAU foram organizados obedecendo a uma setorização clara e funcional. As atividades de caráter público foram dispostas em pavimentos mais baixos, mais próximos à rua, enquanto os ambientes mais reservados se encontram nos pavimentos superiores. As circulações verticais articulam os espaços que demandam acesso público esporádico, como plenário do CAU e áreas corporativas terceirizadas. Estes poderão ser acessados diretamente pelos halls dos elevadores.
DOS FLUXOS A Recepção compartilhada distribui os fluxos entre as alas através de duas torres de circulação que por sua vez se conectam aos principais setores de forma clara e direta.
DO ACESSO O volume suspenso sobre pilotis deixa livre e aberto o térreo para o acesso principal de pedestres. O edifício é a extensão da praça cívica. O visitante circula com naturalidade do exterior para o interior por uma passarela lindeira à praça cultural. A paisagem ao fundo do terreno se descortina emoldurada pelo espelho d’água à medida que se adentra pelo edifício.
DO PÁTIO O pátio central é dividido pela recepção suspensa em dois espaços. O primeiro, mais próximo da rua, articula os ambientes do centro cultural. Este se transforma em uma praça cultural que funciona independentemente do cotidiano do CAU e IAB. O posicionamento dos espaços culturais tem o objetivo de atrair e despertar a curiosidade nos transeuntes que acessam o prédio. O segundo espaço abriga um jardim com caráter mais intimista, completando a gradação de oferta de usos que variam entre o público e privado.
DA ENVOLTÓRIA Para potencializar a permeabilidade visual entre as diferentes atividades dos blocos optou-se pelo emprego de painéis de chapas perfuradas para as envoltórias. A pele também funciona como elemento agregador entre os diferentes elementos do mesmo volume. Sombreando os interiores como um filtro, os painéis também contribuem para o conforto térmico e eficiência energética da edificação.
DA ESTRUTURA Foi adotado o sistema estrutural de treliças longitudinais definindo o perímetro do prédio e reforçando a setorização, deixando o interior dos pavimentos tipo livres para ocupações diversas.